Quer saber como montar um negócio com pouco dinheiro? Liberdade de ser seu próprio chefe, flexibilidade de horário e finalmente trabalhar com o que gosta… são muitas as razões que têm motivado milhões de brasileiros a aderirem ao empreendedorismo.
Se você também tem este sonho, mas não possui grandes quantias para investir, trazemos boas notícias. Vamos dar dicas para você empreender com pouco dinheiro!
Confira agora o guia completo de como montar seu negócio, com direito a diversas sugestões de empreendimentos.
Vamos lá?
Como montar um negócio com pouco dinheiro?
Mesmo com pouco dinheiro, é possível iniciar uma jornada no empreendedorismo. Afinal, o segredo não é ter rios de dinheiro, mas saber administrar corretamente o capital e oferecer uma solução para o problema de alguém a um preço justo.
Desta forma, planejar-se com antecedência é essencial para a abertura estruturada de um negócio, ampliando suas possibilidades e identificando os terrenos perigosos a se evitar.
Confira agora como montar um negócio com pouco dinheiro!
1. Invista em educação financeira
O primeiro passo rumo ao empreendedorismo é ampliar seus conhecimentos específicos.
Educação financeira é o conjunto de aprendizados que permitem a melhor gestão do seu dinheiro.
Adquirindo uma base conceitual bem estabelecida, você irá compreender melhor as práticas e estratégias comerciais aplicáveis ao seu negócio.
Estudar os mecanismos de gestão financeira, como controle do fluxo de caixa e manutenção de reserva emergencial, irá permitir que você tome decisões mais prudentes com seu empreendimento.
Com o conhecimento adquirido, você terá menos chances de se endividar e comprometer o rendimento da sua empresa.
Para iniciar seus estudos em educação financeira, você pode optar por materiais didáticos e gratuitos disponibilizados de forma online.
Aqui no blog MEI Fácil por Neon, oferecemos inúmeros artigos sobre assuntos referentes ao empreendedorismo.
2. Defina as características da sua empresa
Apesar das inúmeras possibilidades de empreendimentos, nem todas serão de fato rentáveis.
Desta forma, é preciso avaliar e desenvolver calmamente todas as ideias para chegar a uma proposta de negócios viável.
Ter clareza e objetividade na hora de definir as características do seu empreendimento facilitará a conexão com seus clientes, evitando erros e retrabalhos desnecessários.
Uma boa maneira de começar é se perguntar:
- Qual o perfil do meu cliente?
- Quais necessidades ou problemas meus produtos irão solucionar?
- Quais investimentos serão necessários?
- Existem muitos concorrentes?
- Qual seria o diferencial da minha empresa?
- O mercado já está saturado deste tipo de empreendimento?
Parece complexo, e realmente pode ser, mas a boa notícia é que existem diversas metodologias para auxiliar nesta etapa inicial.
Por exemplo, a abordagem Design Thinking permite que a abertura do empreendimento esteja alinhada às necessidades do público-alvo, oferecendo produtos e serviços que de fato terão valor.
De maneira bem resumida, a proposta é definir as características do empreendimento através das etapas de:
- Imersão: mapear a concorrência, estudar a dinâmica do mercado de interesse, estudar cases de sucesso na área desejada, definir o público-alvo… esta é a etapa de “reconhecimento do território” para saber qual é exatamente o seu ponto de partida;
- Ideação: também conhecida como fase da tempestade de ideias (brainstorming), este é o momento de usar a criatividade: liste absolutamente todas as possibilidades de atuação que vierem a sua mente, sem impor pré-julgamentos. Com a capacidade criativa livre, as ideias mais intuitivas tendem a aparecer com mais facilidade;
- Teste e validação das ideias: esta é a etapa na qual as melhores ideias levantadas no brainstorming serão testadas. A intenção é buscar o feedback do público-alvo para avaliar se a proposta de empreendimento irá para frente. Por exemplo, você pode elaborar questionários online ou mesmo distribuir pequenas amostras dos seus principais produtos para sentir a aceitação dos consumidores;
- Desenvolvimento: esta é a etapa de colocar a mão na massa! Ao chegar a uma proposta de empreendimento satisfatória, é hora de regularizar seu empreendimento, abrindo o CNPJ adequado. Para optar pelo tipo de CNPJ adequado e seu enquadramento tributário, atente-se ao limite de faturamento anual, bem como a quantidade de funcionários permitidos.
Uma vez definidas estas informações, é hora de formalizar o projeto de funcionamento através do plano de negócios detalhado!
3. Estruture um plano de negócios detalhado
Agora que você já sabe as principais características da sua empresa, é hora de aprofundar como será seu funcionamento. Para isso, são utilizadas ferramentas de gestão empresarial, como o plano de negócios.
O plano de negócios nada mais é que a documentação que apresenta o mapeamento completo da empresa, abordando diversos dados já levantados na etapa anterior e acrescentando outras informações, como plano de marketing e as estratégias para alcançar a rentabilidade desejada.
Esta etapa é de extrema importância para análise da real viabilidade do seu futuro negócio. Afinal, considerando um orçamento inicial pequeno, saber exatamente onde você está pisando ajuda a fazer seu dinheiro ser devidamente aproveitado.
Com o plano de negócios, você pode visualizar antecipadamente possíveis dificuldades e se preparar melhor para enfrentá-las.
Outra vantagem de ter o plano de negócios em mãos é a melhor captação de futuros investimentos, já que estarão descritos no documento os dados que comprovam a confiabilidade e segurança da empresa.
Para elaborar um bom plano de negócios, você deverá descrever:
- Características gerais da empresa: visão, missão e valores, bem como os produtos/serviços oferecidos e o enquadramento jurídico-tributário;
- Análise dos pontos fortes e pontos de melhoria da empresa: mapeamento dos diferenciais, oportunidades e pontos de melhoria. Para aprofundar a análise, é possível utilizar ferramentas como a matriz SWOT;
- Análise do mercado: descrição das particularidades presentes no nicho de atuação escolhido, contemplando a análise da concorrência também;
- Mapeamento e estudo do público-alvo: descrição detalhada do público-alvo, incluindo a criação de uma persona para visualizar melhor;
- Plano operacional: fluxos administrativos internos e suas boas práticas, bem como a definição do espaço físico necessário;
- Plano de marketing: estratégias de divulgação nos meios tradicionais e/ou através das redes sociais;
- Plano de contratação: definição do quadro de funcionários, bem como suas atividades desempenhadas;
- Plano financeiro: definição dos mecanismos de gestão financeira, fluxo de caixa, tempo esperado para retorno dos investimentos, capital de giro, planejamento de aquisição de crédito, entre outros tópicos.
Atente-se a este último tópico: é sobre ele que falaremos a seguir.
É uma etapa fundamental para saber como montar um negócio com pouco dinheiro.
4. Mantenha firme seu planejamento financeiro
A função do planejamento financeiro empresarial é mapear todas as movimentações bancárias para ter melhor controle dos gastos e despesas.
Como você provavelmente observou ao montar seu plano de negócios, organizar as finanças é de extrema importância para o bom funcionamento da empresa.
Colocar a casa em ordem é indispensável para você começar a empreender com o pé direito! Algumas medidas são necessárias para evitar a confusão das suas finanças empresariais e pessoais, facilitando a gestão financeira e fiscal do empreendimento.
Por exemplo, recomenda-se a abertura de uma conta jurídica, facilitando os trâmites burocráticos e permitindo que você tenha acesso a benefícios exclusivos para quem tem CNPJ.
Nesta etapa, avalie também a possibilidade de criar um fundo de reserva, como já mencionamos, para ter segurança até seu empreendimento começar a apresentar lucros.
No entanto, caso não seja possível providenciar imediatamente sua reserva, considere as oportunidades de renda extra ou mesmo de aquisição de linhas de crédito.
A maioria dos bancos oferece facilidades de empréstimo para empresas, permitindo a obtenção do capital de giro necessário para manter a empresa até o lucro aparecer.
Qual negócio abrir com pouco dinheiro?
As opções de negócio são muito amplas, dependendo das suas aptidões e habilidades específicas.
Para te ajudar nesta escolha, listamos alguns tipos de atividades que podem ser realizadas com baixo investimento inicial.
Prestação de serviços
A prestação de serviços utiliza o capital intelectual do empreendedor, permitindo a execução de atividades específicas e diferenciadas.
Portanto, esta modalidade também está associada à menor demanda por estabelecimentos físicos, permitindo o exercício das atividades no formato home office.
Alguns exemplos de serviços prestados de casa:
- Aulas particulares;
- Produção de conteúdo para a internet;
- Tradução de livros e artigos;
- Consultorias de marketing digital;
- Criação de design para embalagens, estampas, convites de casamento, etc.;
- Atividades na área de tecnologia da informação.
As áreas de atuação envolvidas são amplas, possibilitando a aplicação da criatividade na escolha do serviço.
Desta forma, basta você identificar quais são seus conhecimentos técnicos que potencialmente podem tornar-se fonte de renda.
Franquias baratas
Apesar de frequentemente associadas a gigantes do mercado, as franquias também englobam pequenos empreendimentos que demandam menores investimentos iniciais.
A categoria de nanofranquias, por exemplo, compreende a abertura de franchisings com investimentos de até R$ 25 mil, permitindo também o funcionamento da empresa na modalidade home office.
As vantagens de ingressar no mundo dos negócios com uma franquia é fazer parte de um contexto já bem estruturado, facilitando a etapa inicial de estudo de mercado e perfil do público-alvo.
É possível encontrar franquias nas áreas de:
- Alimentação: pizzaria, hamburgueria, lanchonete, sorveteria, etc.;
- Agências de turismo;
- Assistência técnica de eletrônicos;
- Produtos cosméticos nacionais;
- Produtos orgânicos e suplementos alimentares;
- Petshop;
- Escolas de idiomas;
- Segurança eletrônica.
Atenção: o fato de a franquia já apresentar sua estrutura definida não exime o empreendedor de avaliar se o tipo de negócio é seguro ou adequado a sua região.
Desta forma, faça uma análise da confiabilidade do investimento, atentando-se aos possíveis retornos financeiros.
Lojas virtuais
Com a transformação digital dos negócios, nunca houve época melhor para se investir em lojas virtuais.
Neste contexto, com a crescente preferência por compras online, abrir um e-commerce é uma excelente opção para empreender com baixos investimentos iniciais.
A grande vantagem das lojas que operam no ambiente virtual é a redução de despesas com os espaços físicos. Assim, será preciso somente um local para manutenção do estoque, que pode ser sua própria casa.
O uso de marketplaces, ou seja, plataformas de comércio digital como a Shopee, por exemplo, faz com que não seja preciso o investimento em um site próprio. Isso significa que você não precisa se preocupar com este gasto nas primeiras fases da sua empresa.
Alguns segmentos de e-commerce estão cada vez mais populares, oferecendo produtos como:
- Cosméticos;
- Perfumes;
- Roupas;
- Acessórios para pets;
- Itens de papelaria customizada;
- Decoração;
- Artigos esportivos.
Uma boa ideia para investigar as possibilidades de abrir uma loja virtual é analisar se o segmento pretendido já está saturado de concorrentes.
Descubra quais são os produtos mais procurados, mas com baixa oferta online. Esta é uma ótima oportunidade na hora de decidir como montar um negócio com pouco dinheiro.
Leia também: O que vender na internet? Confira 50 ideias para lucrar online
É possível abrir um CNPJ com pouco dinheiro?
Com certeza! A abertura do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) é feita de forma 100% gratuita pelo Portal do Empreendedor.
Para quem está começando com faturamento até R$ 81 mil por ano, recomenda-se a abertura do menor tipo de empresa, o microempreendimento individual (MEI).
O MEI é uma das categorias empresariais do regime tributário Simples Nacional.
Criado em 2008 para facilitar a formalização dos trabalhadores autônomos, o MEI é o formato de negócio que mais ganha adeptos ao longo dos anos.
Além da facilidade burocrática para a abertura do empreendimento, o MEI também conta com inúmeras vantagens:
- Garantia dos benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade;
- Reduzida carga tributária;
- Facilidade de pagamento dos impostos com a guia de recolhimento unificada DAS MEI;
- Condições especiais para a aquisição de linhas de crédito;
- Emissão de nota fiscal, o que permite negociar com outras empresas;
- Comprar carro com desconto exclusivo para CNPJ MEI;
- Participar de editais de licitações públicas, podendo vender para o governo.
O MEI possui diversos pontos positivos, percebe? Se você se interessa por esta categoria empresarial, veja agora como abrir o MEI e ser um empreendedor de sucesso!
Como abrir empresa pelo MEI?
Vamos ao passo a passo!
1. Estude quais são as atividades permitidas
Algumas profissões não são autorizadas a fazer parte desta categoria.
Assim, não é permitido ser MEI:
- Profissionais liberais associados a Conselhos de Classe, como advogados e dentistas;
- Empreendedores que faturam mais do que R$ 81 mil por ano;
- Indivíduos que já possuem CNPJ ou são sócios de outra empresa;
- Pensionistas ou servidores públicos federais;
Para saber se sua atividade comercial é permitida na categoria MEI, confira a lista dos CNAEs autorizados para microempreendimentos.
Ao efetuar a criação do seu CNPJ, você deverá optar por uma atividade principal e até 15 secundárias.
2. Efetue seu cadastro no portal Gov.br
Ao realizar o cadastro no portal gov.br, você terá acesso à plataforma integrada de serviços públicos.
Por meio dela, você poderá acessar informações e requisitar serviços de diversos setores governamentais, sendo necessário para a abertura do CNPJ.
3. Realize a abertura do CNPJ MEI
O passo final para abrir oficialmente sua empresa é solicitar a criação do CNPJ. Este procedimento pode ser realizado pelo Portal do Empreendedor ou pelo aplicativo MEI Fácil por Neon.
Tenha em mãos seus documentos pessoais, as numerações CNAE e o nome escolhido para a empresa.
Para utilizar o aplicativo MEI Fácil por Neon, siga o passo a passo:
- Faça o download do aplicativo na Play Store;
- Inclua os dados pessoais;
- Inclua os dados do negócio;
- Informe o endereço do MEI;
- Para a verificação final, digite o número do recibo da sua declaração de Imposto de Renda ou o número do seu título de eleitor.
Prontinho! Você automaticamente terá acesso ao Certificado da Condição do Microempreendedor Individual (CCMEI), que comprova a abertura da sua empresa.
Além disso, a inscrição estadual é automaticamente gerada, não precisa solicitar a numeração na Junta Comercial do Estado.
Sou MEI: e agora?
Parabéns, você oficialmente deu início à sua jornada empreendedora!
Para manter o CNPJ regularizado, preste atenção nas atividades obrigatórias para todo MEI:
- Pagamento mensal do DAS MEI: o Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS MEI) é o boleto de recolhimento unificado dos tributos aplicados ao MEI. Seu valor é sempre fixo, calculado com base nas atividades exercidas;
- Entrega anual da DASN SIMEI: a Declaração Anual de Faturamento do Simples Nacional MEI (DASN SIMEI) comprova a regularização tributária da empresa ao longo do ano-calendário anterior. O não preenchimento leva a consequências severas para o MEI;
- Emissão de nota fiscal para pessoas jurídicas: o MEI deve obrigatoriamente emitir nota fiscal toda vez que seu cliente for uma pessoa jurídica. A não emissão configura crime fiscal de sonegação de impostos, sendo passível de penalizações severas. As notas fiscais comumente utilizadas são a NF-e (nota fiscal eletrônica) para a venda de produtos ou a NFS-e (nota fiscal de serviços eletrônica) para casos de prestação de serviços.
Atenção: a autorização para emitir NF é de competência da Sefaz estadual, enquanto a NFS-e é regida pela prefeitura, demandando inscrição municipal;
- Preenchimento do relatório mensal de faturamento: apesar de não ser necessária a entrega do Relatório Mensal de Receitas Brutas (RMRB), seu preenchimento é obrigatório. O MEI pode utilizar planilhas próprias para o controle do faturamento, sendo que as informações registradas irão posteriormente auxiliar no preenchimento da DASN SIMEI.
Viu só? Agora você sabe como montar um negócio com pouco dinheiro! Fique firme no planejamento e administre prudentemente suas finanças.
Além disso, confira sempre o conteúdo do blog MEI Fácil por Neon e mantenha-se sempre em dia sobre o que acontece no mundo dos empreendimentos.
E não se esqueça de se inscrever TV MEI Fácil e seguir as redes sociais para não perder nenhuma novidade: Instagram e Facebook.